A forma como trama no horizonte da desinformação: Pressupostos e hipóteses sobre a disseminação de informações não-jornalísticas de expressão noticiosa
Resumen
Al presentar al debate académico tres supuestos y dos hipótesis de investigación en interfaz con los estudios de expresión artística, el ensayo busca contribuir a una agenda de investigación sobre la difusión social de información no periodística de expresión noticiosa - como las llamadas "fake news" y otros formatos relacionados con la adhesión a la lógica de la desinformación. La primera hipótesis se refiere a la comprensión de que, en el escenario contemporáneo de cambios estructurales en las prácticas comunicativas, la dimensión estético-expresiva de la noticia supera sus dimensiones pragmática y ético-deontológica, así como los parámetros clásicos de "disponibilidad" y "adecuación" de los hechos. La segunda hipótesis es que el proceso contemporáneo de debilitamiento de los contratos simbólicos de la autoridad periodística se apoya en patrones culturales más amplios que se refieren a la erosión de la legitimidad de una gama más amplia de instituciones sociales modernas, como la ciencia, la justicia, la educación formal y la propia democracia. El desvelamiento de la complejidad de esta dinámica en el horizonte de la desinformación pasa por el reconocimiento crítico de los efectos de sentido y realidad de los hechos y la comprensión de la naturaleza cognitiva de la noticiabilidad.
Palabras clave
Jornalismo, Desinformação, Formas jornalísticas, Fake news
Citas
- Anderson, C. (2008). The long tail: Why the future of business is selling less of more. New York: Hyperion.
- Atwood, R, & De Beer, A. (2001). The Roots of Academic News Research: Tobias Peucer's "De relationibus novellis" (1690). Journalism Studies, 2 (4), 485-496. doi: 10.1080/14616700127061
- Barnhurst, K. G., & Nerone, J. (2001). The form of news: a history. New York: Guilford Press.
- Bauman, Z. (2007). Consuming life. Cambridge: Polity Press.
- Binkley, S. (2010). A felicidade e o programa de governabilidade neoliberal. In: J. Freire Filho. Ser feliz hoje: reflexões sobre o imperativo da felicidade (pp. 83-104). Rio de Janeiro:FGV.
- Bourriaud, N. (2009). Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes.
- Cariello, R. (2009, 27 de setembro). Aventuras modernas: entrevista com Franco Moretti. Folha de S.Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2709200915.htm.
- Christofoletti, R. (2019). A crise do Jornalismo tem solução? Barueri: Estação das Letras e Cores.
- Cohen, N. S. (2015). Entrepreneurial Journalism and the Precarious State of Media Work. The South Atlantic Quarterly, 114 (3): 513–533. doi 10.1215/00382876-3130723
- Dicken-Garcia, H. (1989). Journalistic standards in nineteenth-century America. Madison, WI: University of Wisconsin Press.
- Faro, J. S. (2012). Tecnologias digitais e pontilhamento discursivo. In S. Squirra (Ed.). Ciber Mídias: extensões comunicativas, expansões humanas. Porto Alegre: Buqui.
- Gans, H. J. (2004). Deciding what’s news: a study of CBS Evening News, NBC Nightly News, Newsweek and Time. Evanston: Northwestern University Press.
- Gomes, W. (2009). Jornalismo, fatos e interesses: ensaios de teorias do jornalismo. Florianópolis: Insular.
- Latour, B. (2013). Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. (3rd ed.). São Paulo: Editora 34.
- Lazer, D. et al. (2018). The science of fake news. Science, 359, 1094–1096. doi:10.1126/science.aao2998
- Lipovetsky, G. (2007). A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São paulo: Companhia das Letras.
- Medeiros, Z., & Ventura, P. C. S. (2008). Cultura tecnológica e redes sociotécnicas: um estudo sobre o portal da rede municipal de ensino de São Paulo. Educação e Pesquisa, 34 (1), 63-75. doi: 10.1590/S1517-97022008000100005
- Mielniczuk, L. (2003). Jornalismo na web: Uma contribuição para o estudo do formato da notícia na escrita hipertextual. (Tese de Doutorado). Universidade Federal da Bahia: Salvador.
- Moretti, F. (2003). O século sério. Novos Estudos, 65 (1), 3-33.
- Moretti, F. (2007). Signos e estilos da modernidade: ensaios sobre a sociologia das formas literárias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
- Moretzsohn, S. (2002). Jornalismo em “tempo real”: O fetiche da velocidade. Rio de Janeiro: Revan.
- Opas. (2020). Entenda a infodemia e a desinformação na luta contra a COVID-19. Organização Pan-Americana da Saúde. Recuperado de https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_por.pdf.
- Palácios, M. (2003). Ruptura, continuidade e potencialização no jornalismo on-line: o lugar da memória. In E. Machado, M. Palácios. Modelos do jornalismo digital (pp. 1-17). Salvador: GJOL and Calandra.
- Poell, T., Nieborg, D., & Van Dijck, J. (2020). Plataformização. Fronteiras – Estudos Midiáticos, 22(1), 2-10. doi: 10.4013/fem.2020.221.01
- Quandt, T., Frischlich, L., Boberg, S., & Schatto-Eckrodt, T. (2019). Fake News. In T.P. Vos, F. Hanusch, D. Dimitrakopoulou, M. Geertsema-Sligh, & A. Sehl. The International Encyclopedia of Journalism Studies. doi: 10.1002/9781118841570.iejs0128
- Salaverría, R., & Negredo, S. (2008). Periodismo integrado: convergência de médios y reorganización de redacciones. Barcelona: Editorial Sol 90.
- Schudson, M. (1978). Discovering the news: a social history of American newspapers. New York: Basic Books.
- Shoemaker, P. J., & Reese, S. D. (1996). Mediating the message: theories of influences of mass media content. (2nd ed.). White Plains, NY: Longman.
- Shoemaker, P. J., & Cohen, Akiba. (2006). News around the world: Practitioners, Content, and the Public. New York: Routledge.
- Silva, M. P. (2017). Apontamentos sobre a contribuição da sociologia das formas de Franco Moretti para os estudos em jornalismo. Matrizes, 11(2), 207-227. doi: 10.11606/issn.1982-8160.v11i2p207-227
- Sodré, M. (2009). A narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis: Vozes.
- Souza, R. B. R. (2019). “Fake news”, pós-verdade e sociedade do capital: o irracionalismo como motor da desinformação jornalística. Famecos, 26 (3), e33105. doi: https://doi.org/10.15448/1980-3729.2019.3.33105
- Sundar, S. S., Molina, M. D., & Cho, E. (2021). Seeing Is Believing: Is Video Modality More Powerful in Spreading Fake News via Online Messaging Apps? Journal of Computer-Mediated Communication, 26 (6), 301-319. doi: 10.1093/jcmc/zmab010
- Peters, C., & Broersma, M. (2013). Rethinking Journalism: Trust and participation in a transformed news landscape. New York: Routledge.
- Tandoc Jr., E. C., Lim, Z. W., & Ling, R. (2018). Defining “Fake News”. Digital Journalism, 6 (2), 137-153. Doi: doi:10.1080/21670811.2017.1360143
- Vos, T. P., & Finneman, T. (2017). The early historical construction of journalism’s gatekeeping role. Journalism, 18 (3): 265–280. doi: 10.1177/1464884916636126
- Zimdars, M., & McLeod, K. (Eds.) (2020). Fake news: Understanding media and misinformation in the digital age. Cambridge, London: MIT Press.