Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Vítimas de traumas no documentário brasileiro

Resumo

Em 1988, Brian Winston apresentou a discussão em torno da tradição da vítima no documentário, ao tomar como objetos a produção inglesa de 1930 e o cinema direto norte-americano para defender que os realizadores dessas escolas concebiam seus personagens apenas como vítimas. Para desdobrar essa discussão, este trabalho se concentra em documentários brasileiros que abordam situações traumáticas. Eles acionam a hipótese de que existem ao menos duas dimensões para a vitimização que se distanciam da ideia de vítima somente como marginal; bem como o reconhecimento de que a vitimização é uma produção das políticas de Estado.

Palavras-chave

Documentário; Trauma; Vítima.

PDF (Español (España)) Ver en línea (Español (España))

Referências

  1. Alexander, J. Towards a theory of cultural trauma. En: J. Alexander. et. al. (eds.). Cultural trauma and collective identity (pp. 1-30). Berkeley: University of California Press, 2004.
  2. Baltar, M. (2007) Realidade lacrimosa: diálogos entre o universo do documentário e a imaginação melodramática (Tesis doctoral). Universidad Federal Fluminense: Niterói.
  3. _______. (2010). Cotidianos em performance: Estamira encontra as mulheres de Jogo de cena. En: Migliorin, C. (ed.). Ensaios no real: o documentário brasileiro hoje. (pp. 217-234). Río de Janeiro: Azougue.
  4. Mesquita, C. (junio, 2015). Memória contra utopia: Branco sai, preto fica (Ardiley Queirós, 2014). Anais do XXIV Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2015, Brasilia. Disponible en: http://www.compos.org.br/biblioteca/compos-2015-1a0eeebb-2a95-4e2a-8c4b-c0f6999c1d34_2839.pdf
  5. Munsterberg, H. (1983). As emoções. En: I. Xavier. (ed.). A experiência do cinema (pp. 46-54). Río de Janeiro: Graal.
  6. Nichols, B. (1991). Representing reality. Bloomington: Indiana University Press.
  7. Renov, M. (2004). The subject of documentary. Minneapolis: University of Minnesota Press.
  8. Schechner, R (2013). Performance studies: an introduction. 3. ed. Londres/Nueva York: Routledge.
  9. Seligmann-Silva, M. (2003). Apresentando a questão: a literatura do trauma. En: Seligmann-Silva, M. (ed.). História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes (pp. 45-58). Campinas: Editora Unicamp.
  10. _______. (2005). O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Editora 34.
  11. Smelser, N. J. (2004). Psychological trauma and cultural trauma. En: J. Alexander et. al. (eds.) (pp. 31-59). Cultural trauma and collective identity. Berkeley: University of California Press.
  12. Souza, J. (2009). A ralé brasileira: como é como vive. Belo Horizonte: Editora UFMG.
  13. Taylor, D. (2013). O arquivo e o repertório: performance e memória cultural nas Américas. Belo Horizonte: Editora UFMG.
  14. Winston, B. (1989). The tradition of the victim in griersonian documentary. En: L. Gross; J. S; Katz & J. Ruby. (eds.). Image ethics: the moral rights of subjects in photographs, film, and television (pp. 34-57). Oxford: Oxford University Press.